quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Após o curso, quero ir para o estrangeiro… como faço?

Os alunos do 3.º ano estão na reta final do curso, prestes a entrar no mercado de trabalho que não pode atualmente ser restringido ao território nacional… Foi, por isso, promovida uma aula.com a conselheira Eures Catarina Carvão, em colaboração com os professores da Área de Integração, da EPO e da EHF, para todas as turmas do 3.º ano. Apresentam-se aqui algumas informações (transmitidas nas sessões) interessantes e importantes para quem pondera a possibilidade de vir a trabalhar no estrangeiro.

Esta é, de facto, uma boa possibilidade a ponderar, sobretudo para quem está no início da sua vida profissional. E desengane-se quem pensa que há poucos empregos disponíveis, a 21.11.2011 (data da última atualização no portal EURES (1)) existiam 1 217 035 ofertas de emprego na Europa. Além disso, esta é uma boa opção para um profissional português! Porquê? Porque parece que os trabalhadores portugueses são muito bem vistos pelos empregadores estrangeiros, uma vez que, na generalidade: são simpáticos; trabalham bem em equipa, são flexíveis e criativos e têm boa capacidade de adaptação!


No entanto, ir trabalhar para o estrangeiro não é, obviamente, uma decisão que se tome de ânimo leve, muitas são as questões que se colocam (entre outras): Que país escolho? Que línguas falo? A minha formação será reconhecida? Posso levar o meu automóvel?

É pois conveniente preparar muito bem o projeto de mudança de trabalho/país/vida, para isso aconselha-se:
- Verificar com antecedência a situação no mercado de trabalho e informar-se sobre as condições de vida e trabalho do país/região de destino, através da Internet (Portal EURES) ou da consulta de jornais;
- Assegurar-se de que tem conhecimentos de línguas adequados ao exercício da atividade profissional e, em caso de necessidade, melhorá-los atempadamente;
- Contactar a Segurança Social para obter mais informações sobre o sistema de proteção social do país onde vai exercer atividade;- Contactar o PNRQ (IEFP, I.P.) (2) ou o NARIC (3), na Direção-Geral do Ensino Superior, para informações sobre o reconhecimento das suas qualificações e competências no país de destino.

Numa fase posterior, é imprescindível verificar se:
- Tem documento de identificação válido;
- Tem cópia do contrato de trabalho ou documento que confirme condições oferecidas, e se as percebe na íntegra;
- Tem documentos que atestam a experiência, formação e certificação profissional;
- Conhece o método e frequência de pagamento do salário;
- Consegue alojamento na zona onde vai trabalhar;
- Tem o Cartão Europeu de Seguro de Doença (obtido na Segurança Social);
- Tem dinheiro suficiente para ficar no país até receber o 1º salário, ou para regressar a Portugal se necessitar.

Em todo este processo é possível obter ajuda de entidades e serviços como a rede EURES que está presente em 31 países da Europa. Os conselheiros EURES (4) facilitam o acesso a informação sobre ofertas e pedidos de emprego e estratégias mais adequadas para o conseguir, informam sobre a legislação social, laboral e fiscal e sobre as condições de vida e de trabalho (informação também disponível no portal).

Antigos alunos da EHF já se lançaram nesta aventura e partilharam connosco a sua experiência de vida no estrangeiro: http://ehfatima.blogspot.com/2011/09/linguas-passaporte-para-o-mundo.html.

(1)
www.eures.europa.eu
(2)
http://portal.iefp.pt/pnrq/index.html
(3)www.enic-naric.net

(4)www.iefp.pt/eures

Sofia Ferreira
Psicóloga

Participação da E.H.F. na XX Corrida Comemorativa do Dia do Não Fumador

Realizou-se na passada sexta feira, dia 18 de Novembro de 2011, pelas 10h, em Ourém, a XX.ª edição da Corrida Comemorativa do Dia do Não Fumador.



Esta iniciativa ocorre anualmente, e é organizada pela Escola Secundária de Ourém. Estão convidados a participar todas as escolas dos 2º e 3º Ciclos, Secundárias e Profissionais do concelho de Ourém.






A Escola de Hotelaria de Fátima esteve presente com 8 alunos (2 raparigas e 6 rapazes), de diversas turmas e diversos cursos, dos 1º e 2º anos.




Os alunos participaram na corrida do escalão D, percorrendo um percurso de 3,5 km pelas ruas de Ourém.




Destacaram-se os alunos Isidro Evangelista (RCP.11.14 A), 3.º lugar no escalão D masculino, e Rute Ferreira (RRB.10.13), 4.º lugar no escalão D feminino.
Seguem-se os resultados de todos os alunos da EHF que participaram nesta iniciativa:

Grupo de alunos participantes da EHF


"Família" Insignare - alunos e docentes de Educação Física da Escola Profissional de Ourém e Escola de Hotelaria de Fátima



Bruno Batista
Docente de Educação Física da EHF

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Obras selecionadas para o Concurso Nacional de Leitura

"Contos", Eça de Queirós


«Singularidades de Uma Rapariga Loura»

É umahistória de amor. O amor de um jovem honesto e trabalhador, Macário, por uma rapariga loira que "Tinha o carácter louro como o cabelo - se é certo que o louro é uma cor fraca e desbotada: falava pouco, sorria sempre com os seus brancos dentinhos, dizia a tudo «pois sim»; era muito simples, quase indiferente, cheia de transigências." É por esta rapariga que é aparentemente dócil e sem vontade própria que Macário se apaixona, a ponto de sair de casa de seu tio Francisco, onde trabalhava como escriturário e ir até Cabo Verde em negócios, só para merecer a mão de Luísa. No entanto, Luísa é, de facto, uma rapariga loura e singular....

“Tesouro”

O conto “O tesouro” descreve a história de três fidalgos decadentes, Rui, Guanes e Rostabal, que ao tomarem posse de um cofre cheio de ouro tomam as mais deprimentes atitudes. A cobiça e o egoísmo são marcas constantes da narrativa. Rui, Guanes e Rostabal são irmãos e, devido às circunstâncias em que vivem, tornaram-se seres animalescos, e por isso são incapazes de sentir amor uns pelos outros, numa recusa de humanização, o que culmina em um desfecho trágico.Apesar das circunstâncias difíceis em que se encontravam, falidos e à beira da miséria, as personagens não se redimem, pois têm castigos à altura do quanto ousaram infringir as leis de Deus e dos homens.

“A Aia”


“A aia” é a história da ama de leite de um príncipe, exemplo máximo de valores como a lealdade e a fidelidade.O conto começa com o rei derrotado e morto após uma batalha. A rainha desolada tentou fazer de tudo para proteger o seu filho, herdeiro do reino. Contudo, o tio da criança, o irmão bastardo do rei, um homem tenebroso e sombrio, estava ansioso por se sentar no trono, e disposto a tudo para consegui-lo.Uma noite, depois de embalar o príncipe, a aia deitou-se e adormeceu. Mas rapidamente acordou com o barulho dos passos do bastardo, que vinha para matar o príncipe….


Luís Sepúlveda - "O velho que lia romances de amor"


Algures na Selva amazónica onde só os barcos chegam, vive António José Bolivar, um homem idoso que aprendeu a viver na selva com os índios Shuar.
Depois de viver quarenta anos na selva longe do mundo onde nasceu e cresceu, os livros são o seu bálsamo que lhe permite enfrentar a dura realidade do mundo que o rodeia.
É em torno do velho José, da pobre aldeia perdida na selva em que vive e dos seus habitantes, que se desenrola a história. Um dia o rio traz um cadáver de um gringo, rapidamente há quem tente culpar os índios da sua morte, mas o Velho António José sabe que não foram os índios e sabe também que haverá mais mortes, porque um animal acossado e no seu ambiente natural é um inimigo terrível.

Este é o mais conhecido dos livros do autor chileno Luís Sepúlveda. “O velho que lia romances de amor” foi dedicado a Chico Mendes, morto numa emboscada por defender a floresta e os direitos das tribos amazónicas.
A grande floresta amazónica, um dos locais do mundo onde sobrevivem espécies raríssimas de fauna e flora é o verdadeiro protagonista do romance, cuja mensagem é transmitida pelos olhos de António José Bolívar, o velho eremita que vive na floresta e que lê romances de amor.

Este é um excelente livro de um autor que tem um enorme sucesso no nosso país, ao melhor estilo do Realismo Mágico, a escrita descritiva leva-nos até ao interior da selva e à alma das personagens, quase que conseguimos sentir o calor húmido e os cheiros intensos que caracterizam a selva.

As Professoras de Português

6ª edição do Concurso Nacional de Leitura

Mais uma vez a Escola Profissional de Hotelaria de Fátima participa no Concurso Nacional de Leitura, na sua 6ª Edição: 2011/2012, iniciativa do Plano Nacional de Leitura (PNL) direccionada aos alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário. Esta iniciativa do PNL continua a ser realizada em parceria com a Rede das Bibliotecas Escolares, com a RTP e com a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.

O Concurso Nacional de Leitura, iniciativa que pretende avaliar a leitura de obras literárias, é composto por três fases ao longo do ano letivo:
Uma fase preliminar de eliminatórias nas escolas, de 25 de outubro a meados de janeiro, onde são seleccionados os três melhores alunos, ou seja, aqueles que dão provas da leitura das obras
selecionadas e escolhidas pela própria Escola. Seguem-se as finais distritais (2ª fase), a
realizar nas bibliotecas municipais de cada distrito, por volta do mês do março, em que os três alunos representantes da sua escola, participarão, após a leitura de três obras indicadas e comuns a todas as escolas e, de onde se apurarão os dois melhores alunos a nível distrital. A final nacional, no mês de maio, a decorrer em Lisboa, onde os melhores de cada distrito do país e, também após a leitura de mais três obras sugeridas pelos organizadores do Concurso, participarão numa sessão produzida e transmitida pela RTP.

Celina Ferreira e Paula Gonçalves

Os jovens, os pais e as drogas

O consumo nocivo de substâncias/drogas é um assunto que faz parte do nosso quotidiano e portanto não se pode ignorar… no entanto, para grande parte dos pais/encarregados de educação é certamente um assunto difícil de abordar com os filhos e para o poder fazer é necessário obter o conhecimento e a confiança necessários. Foi por essa razão que a INSIGNARE promoveu uma palestra sobre o tema dirigida a pais/encarregados de educação, no dia 18 de novembro, no auditório da EPO.



Os oradores convidados, a Dr. ª Joana Neves (psicóloga/terapeuta de aconselhamento na Comunidade Vida e Paz que promove o tratamento e reinserção social de toxicodependentes) e o Pedro (um adulto em recuperação) partilharam os seus conhecimentos e experiência neste domínio. Os participantes – pais/encarregados de educação e professores da EPO e da EHF – obtiveram assim mais conhecimento e melhor compreensão deste assunto, que se poderá refletir nas suas práticas educativas, na forma de agir com os filhos/alunos, tendo em vista a prevenção e/ou resolução de situações que possam já ser problemáticas.



A Dr.ª Joana Neves iniciou a palestra com uma breve abordagem das substâncias mais comuns e dos tipos de consumos possíveis que vão desde a experimentação, pontual, à dependência física e psicológica. E ninguém pode prever que tipo de consumo pode manter, pois há pessoas com maior predisposição genética para desenvolver a doença da dependência do que outras. Importa pois saber o que contribui para o surgimento de situações de dependência, sabendo desde logo que há vários fatores implicados. De facto, não consome drogas, só quem tem problemas familiares evidentes ou outros (como é comum pensar-se), há também outras razões, como: a curiosidade; o desejo de testar os limites e quebrar as regras; o desejo de afirmação; a pressão dos pares; a informação incorrecta ou a ausência de informação; o fácil acesso e a existência de um ambiente propício à experimentação.



As interações pais-filhos são muito importantes no desenvolvimento e podem ser um fator de risco ou de proteção face ao consumo. Deste modo, as atitudes desejáveis são aquelas em que há sensibilidade aos sentimentos dos filhos, em que eles se sentem ouvidos e aceites, pois assim tornam-se pessoas com confiança em si mesmas, pessoas que conhecem as suas competências mas também as suas limitações. É ainda muito importante a existência de um ambiente de lazer estruturado, com prática de actividades extracurriculares, socioculturais ou desportivas, por exemplo, em que o jovem aprende a relacionar-se com os outros e a criar laços.

A abordagem do assunto, em casa, deve ser promovida mas com alguns cuidados: evitando visões extremistas e juízos de valor ou preconceitos; encorajando a discussão de forma casual e descontraída; tolerando a diferença de opiniões; sendo honesto acerca do nível de conhecimentos que se possui e procurando em conjunto outras informações, se necessário; mostrando disponibilidade (quer no tempo, quer na atitude) para responder às questões; respeitando a privacidade dos filhos e não divulgando nunca informações confidenciais por eles partilhadas.

É também aconselhável aos pais de adolescentes/jovens estarem atentos a alguns sinais: instabilidade emocional (mudanças frequentes e bruscas de momentos de grande passividade ou agressividade); isolamento e secretismo; desinteresse e desmotivação; faltas ou atrasos frequentes à escola/trabalho; desaparecimento de objetos e posse de objetos estranhos (comprimidos, colheres, mortalhas). Se se reconhecer apenas um ou dois destes sinais, tal pode dever-se a outras razões; se houver vários, convém ficar mais atento e se todos estiverem presentes é revelador de um problema de consumo de droga. Neste caso, é fundamental não dramatizar, não ameaçar, mostrar objetivamente que houve uma mudança de comportamento e não é apenas uma desconfiança, falar abertamente, sem acusações ou culpas e procurar ajuda.

Por fim, tivemos oportunidade de ouvir o testemunho do Pedro, um toxicodependente que neste momento está a tratar a dependência psicológica, o que implica, nas suas palavras “não uma mudança do meio à minha volta mas de mim, do modo como eu vejo o mundo, da minha maneira de sentir e de me relacionar com os outros.”

Sofia Ferreira
Psicóloga

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A CENTRALIDADE DE OURÉM (III)

Termino hoje este solitário exercício. Releio os textos anteriores e relembro os dados que fui comparando. População, número de empresas, volume de negócios, número de trabalhadores, número de estabelecimentos hoteleiros, camas instaladas e dormidas vendidas. Abordei os territórios que compreendem o Pinhal Interior Norte, Pinhal Litoral e Médio Tejo. Conclui que considerando as áreas antes enunciadas, o concelho de Ourém ocupa uma terceira posição em matéria de população e actividade económica e uma posição cimeira no que ao turismo diz respeito. Admiti que algumas destas conclusões não fossem assim tão óbvias para a generalidade dos leitores, perspectivando alguma injustiça numa equilibrada distribuição do investimento público. Não sendo essa a motivação inicial, tentei encontrar dados, sistematizados, que me permitissem confirmar esse desequilíbrio. Em boa verdade, não os consegui encontrar e aqueles a que tive acesso respeitam o peso dos dados anteriormente referidos. Não quero com isto dizer que não sinta ou pressinta, que nesta matéria existiram dois pesos e duas medidas. Basta olhar para a área da saúde e confirmar quanto foi esquecido o concelho de Ourém. Tendo mais população e criando mais riqueza e emprego que Tomar, Torres Novas e Abrantes não possui nenhum hospital a exemplo do que se verifica nestes concelhos. Ou até como Pombal que podendo ser equilibradamente comparado com Ourém, possui esse tipo de fundamental infra-estrutura. Que critérios presidiram a estas decisões? Num tempo em que se fala na necessária redução de custos na área da saúde, defende Ourém que o seu Centro de Saúde não passe a encerrar no período nocturno e procura meios, que parecem não existir, para a aquisição de ambulâncias que garantam cuidados adequados no transporte dos seus munícipes. Defende-se a autorização que permita aos ourienses serem preferencialmente transportados para o Hospital de Leiria, em detrimento de longas e incompreensíveis deslocações para Tomar ou Abrantes. Nesta matéria parece-me que continuamos a falar muito baixo, não conseguindo fazer ouvir a dimensão da injustiça e a nossa indignação. Admito que tal se ficou a dever à nossa incapacidade reivindicativa, à força dos nossos líderes políticos, à inexistência de um sentido colectivo, ao posicionamento territorial onde nos inserimos.

Ao procurar encontrar e afirmar uma centralidade para Ourém, reconheço que o posicionamento de charneira que nos caracteriza e que por vezes nos faz parecer uma desvairada bola de pingue-pongue, saltitando entre entidades, de raiz e objectivos iguais, a Norte e a Sul, nos tem fortemente prejudicado. Considero de um bacoco provincianismo, aqueles que ao longo de anos defenderam esta postura de esperteza saloia. Sempre acreditei na dimensão aglutinadora de Leiria nas dinâmicas deste território, mas muito pouco vi fazer a Leiria para afirmar a sua incontestada liderança. E é essa incapacidade, que me parece querer manter-se, que deverá levar Ourém a procurar o seu próprio espaço, a sua dimensão de centralidade. Aguardo com expectativa trabalho encomendado pelo Município de Ourém que abordará certamente esta matéria. Talvez que uma visão exterior nos permita ver aquilo que continuadamente temos ignorado. Resta-me essa esperança.

Francisco Veira
Presidente da direção da ACISO

domingo, 20 de novembro de 2011

CORFEBOL

Dou a conhecer um desporto coletivo bastante interessante, o Corfebol, praticado nas aulas de Educação Física, inserido no âmbito dos módulos 1, 2 e 3, respetivamente Jogos Desportivos Coletivos I, II e III.
Segue-se uma breve descrição desta modalidade e um resumo das principais regras, segundo a Federação Portuguesa de Corfebol.


1. História e Definição
O Corfebol surgiu na Holanda em 1902, inventado por Nico Broekhuyesen , inspirado num jogo sueco denominado Ringball.
Corfebol (do holândes korfbal) é um desporto coletivo praticado principalmente na Holanda e na Bélgica. Ele difere de outros desportos similares porque é praticado por equipas mistas, formado por uma equipa composta por quatro homens e quatro mulheres.
O Corfebol é um desporto jogado à mão, num campo retangular, no qual uma equipa de quatro homens e quatro mulheres tenta lançar uma bola para dentro um cesto. As principais caraterísticas deste desporto incluem todo o tipo de aptidões, jogo cooperativo, contato físico controlado e igualdade de sexos.

2. Terreno de jogo
As dimensões do terreno de jogo são de 40 x 20 m. O terreno de jogo está dividido em 2 zonas iguais por uma linha paralela à linha de fundo (sentido da largura).
As marcas de penalidade devem ser marcadas à frente do poste no eixo longitudinal e no sentido do centro do campo. A extremidade da marca mais afastada deve estar a 2.50 m do poste.


Imagem 1 – campo de Corfebol. Imagem 2 – locais de marcação de um livre e de uma penalidade.

A área sombreada (amarelo) mostra a zona onde nenhum jogador pode estar durante a marcação de um livre, à excepção do marcador, que deve ter um pé em cima da marca de penalidade. A área sombreada (azul) mostra a zona onde nenhum jogador pode estar durante a marcação de uma penalidade, à exceção do marcador, que deve estar imediatamente atrás da marca de penalidade.

3. Postes
Os postes, com um diâmetro externo entre 4.5 e 8 cm, são fixados perpendicularmente no chão do terreno de jogo. Os postes são colocados em cada uma das zonas, num ponto a igual distância das duas linhas laterais e a uma distância da linha final igual a 1/6 do comprimento total do campo.

4. Cestos
Um cesto é fixado a cada poste. O cesto deve estar orientado no sentido do centro do campo e todo o seu bordo superior deve estar a uma altura de 3.50 m do solo. Os cestos devem ser cilíndricos sem fundo; devem ter 23.5 a 25 cm de altura e um diâmetro interior de 39 a 41 cm na zona superior e 40 a 42 cm na zona inferior. O bordo superior do cesto deve ter uma largura de 2 a 3 cm.

5. Jogadores
Os jogos são disputados por duas equipas, cada uma consistindo de 4 jogadores do sexo feminino e 4 jogadores do sexo masculino, dos quais 2 jogadores de cada sexo são colocados em cada uma das zonas.
Imagem 3 – situação de jogo.

6. Mudança de zona e troca de meio campo
Numa equipa 2 homens e 2 mulheres apenas jogam no seu “meio campo defensivo”, e 2 homens e 2 mulheres apenas jogam no seu “meio campo ofensivo”, defendendo e atacando respetivamente, sem poder passar a linha de meio-campo.
Sempre que dois golos são marcados os jogadores mudam as suas funções. Os atacantes tornam-se defesas e os defesas tornam-se atacantes, sendo isto conseguido através da sua mudança de zonas.

7. Duração do jogo
A duração de um jogo deve ser 2 x 30 minutos, com um intervalo máximo de 10 minutos. São permitidos 2 descontos de tempo por equipa durante um jogo (60 segundos cada desconto de tempo).

8. Golos
É considerado golo quando a bola entra, completamente, de cima para baixo, no cesto que está posicionado na zona de ataque daquela equipa.
Imagem 4 – situação de golo.

9. Infracções às regras
As infrações às regras estão divididas em infrações cometidas pelos defesas e infrações cometidas pelos atacantes, podendo ser classificadas em:
A) Infrações ligeiras – punidas por um recomeço de jogo. São elas:
1) infrações técnicas (como correr, jogar a bola com a perna ou pé e fazer jogo passivo).
2) infrações físicas que não sejam executadas com o propósito de perturbar o ataque e onde exista contato físico controlado.
B) Infrações graves – punidas por um livre. São elas:
1) infrações físicas onde exista contato físico descontrolado (como tirar a bola das mãos de um oponente, empurrar, agarrar ou obstruir um oponente).
2) infrações executadas com o propósito de perturbar o ataque ou que resultem na interrupção do ataque.
C) Infrações que repetidamente perturbem o ataque – punidas pela atribuição de uma penalidade para o outro lado.
D) Infrações muito graves que resultem na perda de uma hipótese de marcar – punidas pela atribuição de uma penalidade para o outro lado
Imagem 5 – Lançamento da bola ao cesto.

Durante o jogo é proibido:
a. Tocar a bola com a perna ou pé;
b. Bater a bola com o punho;
c. Apoderar-se, agarrar ou bater a bola quando alguma parte do corpo, que não os pés, estiver a tocar o solo;
d. Correr com a bola;
e. Entregar a bola na mão de outro jogador da mesma equipa;
f. Jogo passivo;
g. Bater ou tirar a bola das mãos de um adversário;
h. Empurrar, agarrar ou obstruir um adversário;
i. Defender um adversário do sexo oposto no ato de lançamento ou de passe;
j. Defender um adversário que já esteja a ser defendido por outro jogador;
k. Influenciar um lançamento deslocando o poste;
l. Usar o poste para saltar, correr ou para se afastar rapidamente (mudar de direção);
m. Violar as condições impostas para um livre ou uma penalidade;
n. Jogar de forma perigosa;
o. Violar as condições impostas para um recomeço de jogo.



Imagem 6 - situação de jogo.



10. Bola Fora
A bola é considerada fora logo que ela toca:
a) uma linha limítrofe do terreno de jogo;
b) o solo, uma pessoa ou um objeto fora do terreno de jogo; ou
c) o teto ou um objeto acima do terreno de jogo.

11. Bola ao ar
Quando dois oponentes se apoderam da bola simultaneamente, o árbitro pára o jogo e lança a bola ao ar.

12. Recomeço de jogo
O recomeço de jogo é marcado no local onde a infração foi cometida. No momento em que o marcador do recomeço de jogo tem, ou pode ter, a bola nas suas mãos, o árbitro deve apitar. O jogador tem, desde o momento que o árbitro apita, 4 segundos para colocar a bola em jogo. Os jogadores da equipa oposta não o podem defender.

13. Livre
O livre é marcado da marca de penalidade. No momento em que o marcador do livre tem, ou pode ter, a bola nas suas mãos, o árbitro levanta um dos seus braços verticalmente e faz um sinal mostrando quatro dedos da sua mão levantada, avisando que vai apitar para o reinício do jogo dentro de 4 segundos.

14. Penalidade
A penalidade deve ser executada por um jogador da zona atacante, colocado imediatamente atrás da marca de penalidade. O marcador da penalidade deve colocar-se imediatamente atrás da marca e não pode tocar o solo entre o ponto de penalidade e o poste com nenhuma parte do seu corpo antes que a bola tenha saído das suas mãos.
Todos os outros jogadores têm de manter uma distância de 2.50 m (em todas as direcções) da marca, do poste e de uma linha imaginária entre o poste e a marca de penalidade até que a bola tenha saído das mãos do marcador da penalidade.


Bruno Batista
Docente de Educação Física da EHF

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Encontrar emprego passo a passo

Nos tempos que correm, procurar emprego é uma tarefa que tem de ser bem planeada e executada. Aqui ficam algumas ideias que esperamos serem úteis:
 
Analisa bem o mercado de trabalho e as ofertas disponíveis; Direcciona os currículos sem te dispersares por todas as ofertas e funções;
Responde às ofertas de forma personalizada, evitando respostas "em série"; 
Apresenta uma carta de motivação anexada ao currículo onde explicitas o motivo e interesse em relação à função a que te estás a candidatar;
Elabora um currículo bem estruturado, coerente e conciso;
Prepara a entrevista, pesquisando informações sobre a empresa - isto demonstra interesse e curiosidade pela mesma;
Mantém uma proximidade com o mercado de trabalho, através de estágios ou trabalhos em part-time, mesmo que não sejam da tua área de formação;
Pesquisa regularmente as tuas redes de contacto; email,
facebook, grupos de amigos ou família. 

Como antigo aluno, mantém os teus dados actualizados junto da Unidade de Inserção e Acompanhamento Profissional da Insignare - assim podemos estar a par da tua situação profissional e ajudar-te no que nos for possível. 

Não te esqueças: As oportunidades normalmente apresentam-se disfarçadas de trabalho árduo, e é por isso que muitos não as reconhecem. (A.L)

Este é o nosso contacto: gec2@insignare.pt

Sandra Monteiro UIAP - INSIGNARE
                CONGRESSO NACIONAL DOS PROFISSIONAIS DE COZINHA

  
                                   
                                                                  
Este ano o Congresso Nacional dos Profissionais de Cozinha realizou-se na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril nos dias 9 e 10 de Novembro e eu tive a boa surpresa de ser convidado para participar num debate sobre o tema:“INFLUÊNCIA DA COZINHA FRANCESA NA COZINHA PORTUGUESA”Este debate foi moderado pelo conhecido Virgílio Gomes, gastrónomo e teve a participação dos chefes de renome como Nuno Diniz, York House Hotel, BenoitSinthon, disciples d´Escoffier, António Boía, Restaurante Rio´s e capitão da Equipa Olímpica júnior e por fim, eu YannickGénard, formador na Escola de Hotelaria de Fátima.
Para mim foi um excelente dia e uma experiência fantástica por estar inserido no meio de profissionais de elite da gastronomia em Portugal.
Poder partilhar conhecimentos originou um enriquecimento de saberes, não só em termos profissionais, mas também sobre o ponto de vista humano.
“Pequenas palavras"
A cozinha Francesa tem a tradição de ser uma cozinha decorativa e elaborada, bem guarnecida e acompanhada com ótimos molhos. Desde cedo que os melhores manuais de cozinha como o de Escoffier ou, já neste século, a Pantagruel funcionam como orientadores na formação de profissionais de cozinha. Os melhores técnicos atuais de cozinha coletiva continuam a ter uma base de formação Francesa.
Pratos como “Châteaubriand”, “FiletMignon”, “Croissants”, “Quiches” ou molhos “Mornay” ou “Bragation”, “Bearnês” ou “Ravigote”, são exemplos constantes nas cartas dos restaurantes nacionais. Também os mariscos nos molhos e confeções têm orientações Francesas. Também o vocabulário francês influenciou na maneira de dizer algumas palavras como por exemplo “Gourmet”.
Claro que para mim, a cozinha francesa teve e tem uma influência sobre a cozinha portuguesa. Relembro-me que quando cheguei a Portugal em 1999, tive muitas preocupações por não saber falar a língua portuguesa. Uma das boas surpresas que tive foi perceber que muitas palavras gastronómicas eram utilizadas em Francês e que muitos pratos da cozinha portuguesa tinham semelhança com pratos da cozinha francesa. Acho que a influência francesa através das bases que são indispensáveis na profissão de cozinheiro(a) transmitiu rigor nas preparações, organização no planeamento de trabalho. É muito importante conhecer as matérias-primas que utilizamos. Qual a sua origem? Qual o seu sabor? Qual o melhor método de confeção, mas sobretudo, sempre procurar a melhor qualidade possível.
Um cozinheiro não inventa pratos, mas sim, através dos seus conhecimentos adquiridos, através dos sabores guardados na sua memória, e um perfeito conhecimento das matérias-primas pode criar pratos com sabores que se conjuguem entre si, mas também pode revisitar pratos de cozinha regional, utilizando os mesmos ingredientes, mas aproveitando as novas tecnologias para proporcionar aos consumidores novas texturas realçando os sabores tradicionais.
Como formador da Escola de Hotelaria de Fátima, assim como os meus colegas de profissão, é muito importante transmitir estes saberes e esta influência francesa na cozinha portuguesa. Saber transmitir a humildade, às vezes o que pode faltar nos nossos alunos, transmitir paixão, amor, dedicação e empenho é um complemento do nosso dia-a-dia.
Nós sabemos que a profissão na indústria hoteleira não é fácil, mas não são todos os tipos de empregos que têm possibilidade de transmitir prazer às pessoas através do paladar, satisfazer um cliente deve ser umas das principais preocupações dos nossos futuros profissionais. Utilizando os saberes adquiridos durante a formação escolar e também com o percurso profissional que cada um deles, procurando trabalhar com os melhores profissionais, não quero dizer por isto, trabalhar só com grandes chefes, mas saber encontrar bons profissionais e aproveitar o melhor deles, enriquecendo o seu percurso profissional.
O debate foi de um excelente nível com a intervenção de cada um dos convidados, tendo eu retido que após um percurso profissional invejável e de uma mais-valia que cada um dos chefes intervenientes quer nos debates, quer nas demonstrações culinárias, foi a importância e o sentido da palavra “Humildade”.

Yannick Génard
Formador de Cozinha da Escola de Hotelaria de Fátima.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sexualidade… na EHF

A sexualidade faz parte de nós, desde o nascimento à morte, é intrínseca à nossa condição humana e durante a adolescência (10 aos 19 anos) dão-se as maiores mudanças, quer a nível físico, quer emocional e relacional. Os nossos alunos encontram-se nesta faixa etária e portanto num período da sua vida em que a sexualidade assume grande importância. Por essa razão, várias das atividades previstas na EHF, se relacionam com o tema, como foi o caso das aula.com a Enf.ª Paula Cavalheiro, realizadas na aula de educação física, nas turmas do 2.º ano, em colaboração com o professor Bruno Batista.
As questões abordadas foram diversas e muito abrangentes, pelo que deixamos aqui alguns exemplos:
O que é e porque existe a sexualidade?
Quando é que se está preparado para ter relações sexuais?
Que métodos contracetivos existem? Como decidir que método usar?
Como se coloca o preservativo?
Como se pode evitar uma gravidez indesejada?
Como se podem evitar as infeções/doenças sexualmente transmissíveis?
Como se manifestam as mais comuns?
Onde recorrer para obter aconselhamento acerca da sexualidade?

Estas e outras questões foram abordadas na sessão, de forma simples e compreensível, de modo a contribuir para uma vivência plena e consciente da sexualidade. Os alunos obtiveram, assim, mais conhecimentos sobre o tema, reflectiram e participaram ativamente!
Turma A de Cozinha/Pastelaria 
Turma B de Cozinha/Pastelaria
Turma de Restaurante/Bar
Turma de Turismo

Brevemente realizar-se-ão mais atividades relacionadas com o tema…

Sofia Ferreira – Psicóloga
Bruno Batista – Docente de educação física

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Uma opinião sobre o curso de receção

A EHF tem como missão educar e qualificar a inovação para um mercado de trabalho dinâmico, incutindo e valorizando atitudes pessoais e profissionais.

Após ter concluído o 9º ano no Colégio de São Mamede, decidi inscrever-me na Escola de Hotelaria de Fátima. Felizmente tive a sorte de ser uma das escolhidas e estou a frequentar o Curso Profissional de Técnico de Receção que é um curso interessante e que me despertou curiosidade.
Quando cheguei à escola, vinha com o objetivo de fazer uma nova descoberta, ter novas experiências e outros objetivos de vida.
Fazendo um balanço destes primeiros meses, julgo estar a adaptar-me bem a esta escola, devido ao bom ambiente criado por todos os que nela convivem. A escola reúne bons professores, as pessoas desta organização são simpáticas e atenciosas, ou seja, a escola tem todas as condições necessárias para que um aluno fique bem formado e com boas qualificações para um bom futuro.
O nosso futuro está nas nossas mãos, tenho a certeza que melhor escola não iríamos encontrar. É por isso que estão cá os professores, os nossos orientadores de turma, o diretor pedagógico Renato Guiomar entre outros elementos. É com eles que temos a certeza que podemos contar e que estão aqui para nos apoiar e ajudar a conseguir atingir os nossos objetivos. Podemos contar também com a ajuda dos representantes dos Encarregados de Educação da nossa turma, a senhora Ana Alves e o jovem Filipe Fernandes que têm como função representar o curso de receção, participando nas reuniões, estando dentro dos assuntos necessários em relação à turma entre outras funções.
Esta escola até nos dá a possibilidade de ir estagiar para o estrangeiro e isso é muito bom para podermos melhorar as nossas competências no âmbito das línguas estrangeiras e dos conhecimentos técnicos adquiridos ao longo dos três anos. Na realidade é bastante interessante e gratificante porque assim poderemos comunicar com vários tipos de pessoas, conhecermos novos países, outros estilos de vida, praticarmos outras línguas entre outras vantagens.
As minhas expetativas neste curso são obter conhecimentos nas diversas áreas, estar apta a coordenar, superintender e executar os serviços de receção e participar ativamente na conceção e execução das ações de promoção comercial de uma unidade hoteleira de forma autónoma.
Ao concluir este curso poderei trabalhar por exemplo em agências de viagens, postos de turismo, órgãos regionais e locais de turismo, autarquias (na área do turismo), hotéis entre outros sítios.

Priscilia Castela

Aluna do 1.º ano do curso técnico de receção

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Um tema sem título …mas muito conhecido!

Vivemos tempos difíceis, mas muito úteis para reflectirmos o que fizemos, o que andamos a fazer e que temos de fazer!
Com alguma facilidade constatamos e concluímos que estamos cada vez mais dependentes da acção, da eficiência das nossas equipas, com elevados níveis de liderança.

Num mercado em grande transformação, com ameaças e oportunidades de natureza múltipla, temos de apelar cada vez mais à nossa imaginação e à capacidade de inovação.

Temos a consciência que temos de ser mais eficientes, ser ainda mais amigo dos nossos clientes e envolvermo-nos ainda com mais paixão no que fazemos.

Até hoje habituamo-nos a viver de extras e bónus perfeitamente abundantes. Chegou o momento de todos, darem um pequeno extra de si, e algum bónus da sua disponibilidade pessoal e prestarem atenção aos pequenos detalhes que fazem a diferença.

No Turismo assistimos nos últimos tempos a grandes alterações endógenas e exógenas aos projectos, em consequência de uma tentativa de mudança generalizada de hábitos, costumes, padrões de consumo, maior exigência e maior complexidade comercial. Aos líderes obriga-os a serem cada vez mais organizados, a pensarem de forma diferente, a gerarem oportunidades com relacionamentos duradouros, agindo sempre com entusiasmo.

Vivemos a era do comércio electrónico. O mercado mudou e só atinge e mantem o sucesso em vendas, o profissional que cultive relações humanas e duradouras. É preciso dedicação e confiança ao cliente, fazendo mais do que aquilo que é pago para fazer!

A organização interna reflecte-se no exterior. Organizados dedicamo-nos mais aos nossos clientes, acompanhamos melhor o negócio e actuamos inclusive sobre os esquecidos.

Em tudo o que fazemos cada vez mais temos de o preconizar com estratégia, com acções conjugadas, com elevado espírito equipa e apoio das demais áreas da empresa.

A “venda” é uma “ciência” envolta em inúmeros processos, estratégias e metodologias, dependentes de uma liderança muito atenta a toda a organização e a todos os sinais do mercado.

Estamos perante um cenário de rara complexidade no mundo em geral. A globalização da economia impulsionada pelas tecnologias de informação e pelas comunicações é uma realidade ao qual todos estamos expostos, fazendo do conhecimento um valioso recurso estratégico para a vida das pessoas e das empresas.

O capital intelectual, a capacidade inovadora, a inteligência empresarial já fazem parte do dia-a-dia de muitos líderes na gestão do conhecimento e das suas equipas.
 
Dr. Paulo Fernandes
CEO - Grupo Lena

Curso Técnico de Receção

Com o início do ano letivo a EHF pretende configurar uma aposta numa nova estratégia de comunicação e de contributos assente numa maior aproximação da Escola às empresas, das empresas à escola e aos alunos, de igual modo a todos os colaboradores que nela trabalham. Desta feita, julgo importante mencionar alguns marcos vincados no tempo da mais antiga oferta formativa da Escola na área da Hotelaria e Turismo: o curso técnico de receção.
Assim, em 1991, posicionada numa envolvente empresarial favorável, a direção da EPO decide criar o primeiro curso de Hotelaria, iniciando-se com o curso de Técnico de Receção nível III, a funcionar em Ourém nas instalações da ACISO.
Em 1993, é o ano do início de um passo verdadeiramente histórico e que se caracteriza pela junção das vontades e sinergias da Câmara Municipal, do Centro de Estudos de Fátima, da ACISO e da Direção da EPO que irá permitir a criação do pólo de Fátima da Escola Profissional onde passam a ser dinamizados diversos cursos na área de Hotelaria e em que o curso Profissional de Técnico de Receção assume verdadeiramente o seu posicionamento demonstrando a sua importância e mais-valia para a qualidade e reforço dos recursos humanos das unidades hoteleiras de Fátima.
Relembro, com alguma saudade o esforço coletivo dos mais diversos intervenientes da escola, que amiúde, conseguiram ganhar a confiança das entidades hoteleiras de Fátima para a oferta formativa que agora se apresentava com uma maior visibilidade e que necessitava dar mostras da suas potencialidades e na capacidade efetiva de dar resposta às necessidades do tecido empresarial para dotar os seus quadros com recursos humanos especializados.
O caminho foi longo, mas vitorioso, a persistência da Direção da Escola e o desempenho profissional dos alunos ao longo dos anos dotou o curso de uma elevada maturidade, conseguindo-se manter até hoje como uma oferta válida e pertinente na formação de profissionais nesta área.
Continua a ser ministrado na Escola de Fátima com a qualificação de nível IV.
Em dezembro de 2007, o Dec-lei 396/2007 dispõe de força jurídica para a criação de um instrumento de gestão estratégica de nível não superior que integra o Sistema Nacional de Qualificações onde estão integradas 247 qualificações profissionais certificadas das quais integra o Curso Profissional de Técnico de Receção.
 
Marina Pinto
Supervisora Técnica do curso técnico de receção

terça-feira, 8 de novembro de 2011

EscreLer


Gosto deles assim, juntinhos e entrelaçados, como dois amigos de infância. Inseparáveis. Sempre de braço dado ou encostados um ao outro, prontinhos para a brincadeira. 
Em pensamento. Com os pensamentos.
Sou incapaz de os conceber separados.
Não podem existir de outra forma.
Ler é escrever para dentro. É devorar letras, palavras, frases inteiras e transformá-las em imagens nunca vistas, em sonhos sonhados a pensar, em arrepios de emoção sempre nova.
Escrever é jorrar leitura. É desenhar os pensamentos com letras, com palavras coloridas e frases pintadas na tela dos dias.
Ler é libertar os sonhos. Escrever é moldar o pensamento.
Ler alimenta o pensamento. Escrever dá forma às emoções.
EscreLer é sonhar os dias e pintar a Vida com um lápis de mil cores.

G.Rocha, 08 de novembro de 2011

Algumas dicas para melhorar o seu currículo…

Muitas pessoas protestam que enviam dezenas de currículos para um elevado número de empresas e não solicitações para entrevista de emprego. Em muitos casos, a resposta para essa falta de um retorno é que as empresas costumam receber milhares de Curriculum Vitae, ou simplesmente CV como é mais conhecido, e infelizmente, os candidatos a uma vaga de emprego não sabem preparar um CV, ou seja, não sabem vender a sua imagem, sua experiência através de um CV.
“Curriculum vitae” é, como explica a sua origem -latim, o relatório da vida da pessoa, sob diferentes ângulos, ou seja, da vida pessoal, da vida profissional, da vida académica.
Saber colocar informações num CV revela um pouco como a pessoa é, se ela tem objectivos, se ela é persistente, se ela é dedicada, enfim, é uma representação quase fotográfica da sua vida. Daí a importância de se preparar bem o CV.
Sem qualquer pretensiosismo, ficam aqui algumas ideias para melhorar o seu currículo e quem sabe, conseguir a tão almejada entrevista:
Mantenha o CV resumido e concentrado;
A leitura do seu CV deverá assemelhar-se a uma notícia e não a uma enciclopédia;
Mostre um pouco da sua personalidade;
Liste apenas as experiências de trabalho relevantes;
Não escreva testamentos;
Saliente as suas qualidades e pontos fortes;
Utilize títulos de profissão efetivos e descritivos;
Reveja-os duas vezes e mostre-o a outra pessoa;
Não inclua informações irrelevantes;
Tente que o seu currículo não ultrapasse as 2 páginas;
Use verbos de ação: “fiz”, “realizei”;
Evite ser negativo;
Muita atenção a possíveis erros ortográficos;
Tente identificar o perfil pretendido através do anúncio de emprego;
Defina o que o diferencia dos outros.

Sandra Monteiro
Unidade de Inserção e Acompanhamento Profissional INSIGNARE
Fonte: empregosmaneger.pt

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

New skills for new jobs

Na passada terça feira dia 25 de Outubro o Conselho Nacional de Educação (CNE) acolheu uma importante Conferência, organizada pela EUNEC, Rede Europeia de Conselhos de Educação. Intitulada "New skills for new jobs - New challenges for vocacional education and training in the XXI century".
 
O painel foi composto pela Dr.ª Malgorzata Kuczera (OCDE), Dr. Joaquim Azevedo (presidente da Universidade Católica no Porto) e um representante da Presidência Polaca. De entre distintos oradores devo referir que aquele que mais atenção me suscitou foi o Dr. Joaquim Azevedo, apresentando a situação do Ensino e Formação Profissional em Portugal - desenvolvimento histórico e perspectivas para o futuro.

Numa primeira fase de intervenção foi explanada a importância do Ensino Profissional ao longo dos tempos, onde foi notória a sua importância na responsabilização dos jovens, promovendo uma maior interação de saberes pois este tipo de ensino junta a formação geral com a vocacional, referindo-se que este ensino permitiu-se e continua a permitir-se elevadas redes de cooperação locais, entre Escolas e comunidade em geral.

A grande questão foi a de perceber que futuro existe para o ensino profissional. Este foi focado para uma personalização do aluno para um futuro profissional, futuro esse que se revela relativamente incerto pois o mercado de trabalho é deveras escasso. Deve-se então dessa forma QUALIFICAR. Segundo o Dr. Joaquim Azevedo os jovens devem hoje mais que nunca ser: PESSOAS, CRIATIVOS, SOLIDÁRIOS, COLABORANTES, RESILIENTES e VERDES.

Numa fase final da sábia intervenção foi apresentado pelo Dr. Joaquim aquilo que serão os novos desafios do Ensino Profissional, assentes em três pilares fundamentais. Educar garantindo competências de vida que os preparem para uma profissão; Guiar apoiando escolhas complexas e criando bases sobre as profissões e mercados, através da qualificação, estágios e culturas que valorizem o ensino profissional, por fim Inovar dando ferramentas aos jovens que os preparem a enfrentar cenários adversos quando inseridos nas empresas, promovendo experiencias de trabalho diversificadas.

De facto uma intervenção elucidativa àquilo que foi e será o Ensino Profissional. Conhecedor da realidade do Ensino profissional desde longa data, o Dr. Joaquim Azevedo traçou um caminho duro, por vezes incerto para o Ensino Profissional, mas transmitiu a todos os presentes o quanto é importante e indispensável este ensino.

Renato Guiomar
Diretor Pedagógico da EHF

 

A CENTRALIDADE DE OURÉM (II)

Admiti ser este o último texto sobre o tema que titula este espaço, encerrando este esforço solitário e certamente pouco motivante para quem se arrisque a lê-lo. A ideia era fechar esta análise comparativa entre Ourém e os concelhos do Médio Tejo, Pinhal Litoral e Pinhal Interior Norte, procurando perceber melhor a realidade e as potencialidades do “meu” concelho, denunciar as injustiças de que tem sido alvo em termos de uma distribuição equilibrada do investimento público, mas e sobretudo, tentar compreender se Ourém, por tudo aquilo que foi e é, assume ou pode vir a assumir uma centralidade motora no desenvolvimento dos territórios enunciados ou de outros que lhes são vizinhos. Mas acabei por não assumir este como o último texto, porque admiti que se justifica, pela sua importância económica, social e cultural, uma abordagem a um setor específico, o Turismo. O último será então o próximo, o das injustiças e da eventual centralidade. As dificuldades financeiras que atravessa a Entidade Regional de Turismo Leiria-Fátima, têm motivado algumas afirmações e um reduzido debate sobre a importância deste organismo na gestão do território turístico composto pelos municípios de Leiria, Pombal, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós e Ourém, colocando mesmo em causa a necessidade desta entidade. Enquanto uns questionam a validade da reivindicação que levou o anterior Governo, no último minuto, a segurar este espaço administrativo, outros já lhe anunciam a morte e integram-no, em partes ou por inteiro, nos seus territórios. Sobre este assunto o meu pensamento já começa a ser velho e admito que já canse de tanto ser repetido. Sou completamente a favor da existência do Turismo de Leiria-Fátima, na prossecução dos seus objetivos estatutários de organização e qualificação do território turístico, defendo o reforço da aproximação à Associação Turismo de Lisboa, com vista a garantir uma mais poderosa promoção nos mercados externos, sou defensor de uma eventual fusão com o Turismo do Oeste, com o objetivo de se ganhar massa crítica e serem ultrapassadas as dificuldades financeiras que admito possam ser semelhantes e finalmente, penso que Leiria e a sua “região” ficarão a perder, caso continuem a olhar sonolentamente para este assunto. Mas se o que antes ficou dito é preocupante e me parece importante, nada melhor que olhar para os números e tentar sobre eles entender a realidade, com base em dados relativos a 2009. O concelho de Ourém, razão de ser destes nossos escritos, apresenta 40 estabelecimentos hoteleiros (aqui ainda divididos entre hotéis e pensões), um total de 5 838 camas e vendeu 505 011 dormidas. Se compararmos com os concelhos do Pinhal Litoral (Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós), na sua globalidade, encontramos um número ligeiramente superior de estabelecimentos (42), mas uma significativa redução no número de camas (3 482) e de dormidas vendidas (293 121). Relativamente ao Médio Tejo, na globalidade dos seus concelhos, apresenta 24 estabelecimentos hoteleiros, 1 556 camas e 142 461 dormidas vendidas. No que se refere ao Pinhal Interior Norte os valores são incomparáveis: 11 estabelecimentos, 671 camas, 61 733 dormidas. Em conclusão e somando a totalidade dos valores relativos aos concelhos que integram o Pinhal Interior Norte, Pinhal Litoral e o Médio Tejo, excluindo os de Ourém, verificamos que estes apresentam 77 estabelecimentos hoteleiros contra os 40 instalados no concelho de Ourém, que disponibilizam 5 709 camas contra as 5 838 disponíveis em Ourém e finalmente e porque é o dado que verdadeiramente interessa, venderam em 2009, 497 315 dormidas contra as 505 011 vendidas apenas em Ourém (convém referir o peso avassalador de Fátima nos dados referentes a este concelho). E sobre Turismo e a importância do concelho de Ourém nesta matéria, nada mais me resta dizer. Daqui a um mês tentaremos concluir.
Francisco Vieira
Presidente da Direção da Associação Empresarial Ourém - Fátima