sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Alunos do século XXI

O curso Encouraging Creative Thinking que frequentei em Praga, de 15 a 21 de janeiro, ao abrigo do programa Comenius(1), revelou-se uma magnífica oportunidade para partilhar experiências com professores/técnicos de outros países e para refletir e obter conhecimento sobre a importância e formas de promover o pensamento criativo na escola.

Um dos temas sobre o qual se refletiu e que se reveste de enorme importância, na minha opinião, relaciona-se com as características dos nossos atuais alunos e as competências que precisam de adquirir, as competências do século XXI. Os atuais alunos das nossas escolas são, de facto, muito diferentes dos alunos do século passado, vivem na era digital e da globalização e precisam de outras aprendizagens… “Muitos terão empregos que ainda não existem. Muitos precisarão de excelentes competências linguísticas, interculturais e em empreendedorismo. A tecnologia continuará a mudar o mundo de formas que não conseguimos imaginar. Certos desafios como as alterações climáticas exigirão uma adaptação radical. Neste mundo cada vez mais complexo, a criatividade e a capacidade para continuar a aprender e a inovar contarão tanto ou mais do que certos tipos de conhecimento que tenderão a tornar-se obsoletos. A aprendizagem ao longo da vida deverá tornar-se uma norma.”(2)

Neste panorama, para a escola preparar os alunos para a vida terá, necessariamente, de procurar novas abordagens, já não é apenas importante, por exemplo, os alunos obterem conhecimento mas também saberem gerir toda a informação que chega até eles, em grande quantidade, a grande velocidade e pelos mais diversos meios… torna-se pois essencial refletir sobre a educação do século XXI.

De acordo com o relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors, os quatro pilares da educação do século XXI são: 1) Aprender a conhecer combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa: aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida;
2) Aprender a fazer, que é indissociável do aprender a conhecer, e que se refere sobretudo ao pôr em prática os conhecimentos teóricos;
3) Aprender a viver juntos desenvolvendo a compreensão do outro e a perceção das interdependências - realizar projetos comuns e preparar-se para gerir conflitos - no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz;
4) Aprender a ser, para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à altura de agir com cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal.

Concluo, então, com um desafio: sendo nós uma escola no/do (?) século XXI, como podemos (cada um na sua função) preparar para a vida, os nossos alunos?

Sofia Ferreira
Psicóloga

(1) Mais informações em
http://www.proalv.pt/
(2) Comunicação da comissão ao parlamento europeu, ao conselho, ao comité económico e social europeu e ao comité das regiões, Melhorar as competências para o século XXI: Uma agenda para a cooperação europeia em matéria escolar, 3.7.2008.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Percursos... Carlos Simões

Para começar este artigo, definitivamente teria de agradecer a escola, aos professores e alunos por me terem feito o convite e me terem recebido tão calorosamente.
Talvez deva referenciar que a escola cresceu, que já não passa só de um simples ''corredor'' com poucas salas de aula, uma cozinha e um pequeno mas modesto restaurante de aplicação. Mas sim uma instituição com todo o layout perfeito para uma aprendizagem profunda desta profissão. Acredito que hoje os alunos podem desfrutar de condições que os levarão a futuros brilhantes.

A minha passagem pela escola como aluno foi muito importante para o ''papel'' que desempenho hoje, ganhei a paixão pela profissão de empregado de mesa, e tudo o que envolve as comidas e bebidas. Sem dúvida os três melhores anos de escola. Fazem já seis anos que cheguei ao mercado de trabalho e desde então nunca parei de seguir o sonho de um dia vir a ser reconhecido por todo o esforço e poder contribuir para evoluir o nosso mundo de hotelaria.

Depois da escola, fui empregado de mesa, chefe de sala, sommelier (escancão, num restaurante estrela michelin), formador por um ano lectivo, e finalmente cheguei a Londres em Setembro de 2010, directamente para o Gordon Ramsay (3 estrelas michelin e segundo melhor restaurante do mundo em 2002).

Quando aqui cheguei, engane-se quem pensar que foi fácil, o trabalho é super competitivo e o detalhe é muito mais importante ainda. Comecei por aprender o menu ao pormenor, conhecer o serviço, e só depois de um mês, fui promovido a empregado de mesa, e contactar então com os primeiros clientes.
O dia de trabalho era longo, 14 a 15h diárias, e não havia cantina para o pessoal, pelo que faziamos as refeições em pé na cozinha.

A sala tem de estar perfeita em pormenor, nada pode falhar, os uniformes do pessoal são verificados, a mise-en-place, a posição de cada cadeira, até o centro de mesa, tudo tem de estar em harmonia e simplesmente alinhado e perfeito.

Do restaurante Gordon Ramsay, passei para o Dinner By Heston Bluementhal, outro grande chefe, dono do mítico The Fat Duck, com três estrelas michelin e melhor restaurante do mundo em 2005. Aqui tive a felicidade de conhecer Joao Pires, o único master sommelier da península ibéria, e um dos 120 no mundo inteiro.

Começou um capítulo novo na minha vida. o sommelier profissional. É um trabalho duro, em que os conhecimentos acerca de vinhos, a postura e a performance é extremamente importante, pois lidamos com as mais altas celebridades todos os dias.
Apercebi-me mais que nunca que um grande profissional em Londres, tem de estudar e melhorar todos os dias para não ser ultrapassado e posto de lado.

A última palavra a todos os alunos é que sigam sempre o vosso sonho, seja ele qual for...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Projeto Eco Escolas EHF

O projeto EcoEscolas é um projeto internacional que, tem vindo a ser desenvolvido desde o ano letivo de 1996/7, sendo dinamizado pela ABAE (Associação de Bandeira Azul) a nível nacional e pela FEE (Foundation for environmental Education) a nível internacional.
O grupo de trabalho constituído pelos professores e alunos da EHF para o presente ano letivo, juntamente com a colaboração de toda a comunidade escolar, pretende implementar boas práticas ambientais em toda a comunidade escolar.
Esta década foi denominada a Década da Educação para a Sustentabilidade, tendo como objetivos encorajar ações que promovam valores como a responsabilidade ambiental e social, visando mudanças de conduta que permitam uma melhoria global do ambiente da escola.
A proposta consiste nem adotar uma metodologia de trabalho baseada nos 7 passos, conjugando-os com os temas do ano, que são Água, Resíduos, Energia e como tema do ano, a Agricultura Biológica. Assim:
1º Criação do Conselho EcoEscola
2º Realização de uma Auditoria Ambiental à Escola
3º Definição do Plano de Acção
4º Monitorização e avaliação
5º Desenvolvimento de Trabalho Curricular (a inserir nas actividades lectivas)
6º Informação e Envolvimento da Escola e da Comunidade (divulgação
das acções e organização de eventos)
7º Elaboração de um Eco-Código (código de conduta).

Partindo do lema definido pela equipa de trabalho da EcoEscola: “ Um pequeno gesto pode fazer toda a diferença…” esperemos contar com a colaboração de todos para contribuirmos para um melhoria da qualidade de vida no nosso dia a dia da escola e da comunidade.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Beneficios do voluntariado na carreira profissional


Já pensaste em trabalhar como voluntário?
Ao realizar trabalho voluntário estás a ajudar a tua carreira como profissional e o teu desenvolvimento pessoal. Para jovens sem experiência, é também uma excelente oportunidade de encontrar emprego. Além disso, em muitos casos, a necessidade de executar projectos com recursos muito limitados e criatividade, ajuda a desenvolver novas e úteis habilidades. Com um aumento constante do número de desempregados, ser voluntário pode ser uma grande oportunidade para celebrar um contrato com uma Organização de Voluntariado.

E quais são os benefícios do voluntariado na carreira profissional? Pelo menos 3…
1- Primeiro contacto com o mundo do trabalho
Para os jovens que ainda não tiveram uma oportunidade de trabalhar, é uma boa forma de entrar no mundo do trabalho e adquirir uma valiosa experiência. Fazer uns meses de voluntariado, é logo o suficiente para pôr em evidência um CV e quem sabe até destacá-lo dos outros candidatos à oferta de emprego.

2- Desenvolver habilidades
As pessoas que fazem voluntariado, têm características que são bastante valorizadas pelos departamentos de Recursos Humanos, tais como capacidade de esforço, empatia, auto motivação e espírito de trabalho em equipa.

3 -Aumentar a rede de contactos
Trabalhando com os outros voluntários e apoiar uma causa, torna possível a expansão da rede de contactos, podendo estes novos contactos, virem a ser de extrema utilidade.
Normalmente os voluntários desenvolvem qualidades que são apreciadas em muitas empresas, portanto, em caso de dúvida, não hesites e abraça uma nova experiencia no voluntariado!

Ficam aqui algumas ideias:
http://europa.eu/youth/volunteering_-_exchanges/index_pt_pt.html
http://europa.eu/youth/volunteering_-_exchanges/index_eu_pt.html
http://cdp.portodigital.pt/emprego/oportunidades-de-trabalho-2/voluntariado
http://www.carreiras.universia.pt/mercado-laboral/voluntariado/


Sandra Monteiro
Unidade de Inserção e Acompanhamento Profissional – INSIGNARE

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Percursos


Frequentei o Curso Técnico de Cozinha/Pastelaria no triénio de formação 2000/2003. Nesta altura as instalações ligadas a parte de Hotelaria funcionavam no Pólo em Fátima, pertencente à Escola Profissional de Ourém.
A escola contribuiu muito positivamente não só para o meu percurso profissional bem como para o meu enriquecimento pessoal. O curso de Cozinha/Pastelaria não tem apenas como finalidade formar alunos que saibam o que é a Arte da Cozinha. Um dos grandes pontos de partida de um profissional de Cozinha é adquirir conceitos de cidadania como Saber Ser, Saber Estar, Humildade, Respeito, e Honestidade.
Após o término do Curso de três anos de Formação deparei-me com as decisões a tomar. Tinha como objetivos ingressar no mercado de trabalho ou prosseguir os estudos. Mas assim que terminei o estágio curricular, recebi a proposta de uma entidade de hotelaria em inicio de atividade para ocupar o cargo de Chefe de Cozinha do seu estabelecimento. Apesar da enorme responsabilidade, aceitei tornou-se uma experiencia muitíssimo importante no meu percurso profissional. Consegui conciliar o trabalho e frequência de alguns Cursos que atualizavam e completavam a minha formação. Uma das grandes conclusões a que cheguei ao fim de três anos de trabalho e estudo foi a de que devia seguir em frente e não deixar-me acomodar. É extremamente importante para enriquecimento do Curriculum aliar a experiência profissional à frequência do maior número possível de formações.
Decidi abrir o meu próprio estabelecimento, acumulando as funções de Chefe de Cozinha e sócio-gerente, e, então aí colocar cada vez mais em prática as inovações que os clientes procuram, e ser diferente!
A Escola sempre teve e continua a ter um grande aspeto muito positivo, saber a situação em que se encontram os ex-alunos. A existência desta troca de informação é gratificante para a escola e para nós como ex-alunos que iniciamos aqui o nosso percurso profissional. Foi assim que iniciei o meu percurso na INSIGNARE. Sendo formador certificado pelo IEFP, surgiu um convite para dar formação na INSIGNARE nos cursos do Centro de Formação Continua onde conheci melhor a grande equipa de colaboradores. A minha entrada como formador fez-me recordar os meus tempos de aluno.
A proposta mais recente foi entrar no Ensino Profissional exercendo a função de Formador, Chefe de Cozinha do Curso Técnico de Cozinha/Pastelaria, na Escola de Hotelaria de Fátima. Neste momento tenho como colegas professores e chefes que contribuíram para a minha formação que me levaram a este patamar. Está a ser uma experiência bastante motivadora e levada com o máximo rigor para que no dia de amanhã, os alunos que estão a ser formados sejam excelentes profissionais cheios de sucesso.
Sérgio Parente
Formador

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Contratá-lo? Dê-me uma boa razão

Cada vez mais um trabalhador vale mais por quilo que sabe fazer do que pelos "canudos" que envia diariamente para as empresas. Estas procuram saber o que os candidatos têm a oferecer e quanto podem capitalizar com o trabalho dos mesmos. Saber valorizar-se e vender bem o seu próprio produto é hoje uma mais valia no mercado de trabalho.

Saber fazer, saber estar, pensamento positivo, disponibilidade, comunicabilidade e pro atividade são elementos chave num mercado cada vez mais competitivo. Vejam o video que se segue, gentilmente enviado por um antigo aluno do Curso de Gestão de Equipamentos Informáticos, Jóni Oliveira, a quem agradeço desde já a amabilidade.

Miguel - Prós e Contras (20-06-2011)
http://vimeo.com/joliveira/miguel

Sandra Monteiro
Unidade de Inserção e Acompanhamento Profissional - INSIGNARE