sexta-feira, 8 de abril de 2011

Abril...2011

Com a chegada da primavera iniciou-se a terceira fase de atividade no ano letivo 2010/2011. A ela corresponde o lema Projeto, que sucede a Orgulho, no outono e a Identidade, no inverno, antecedendo o verão e a Vida. Uma forma de organização do planeamento, que de forma discreta vai fazendo passar pequenas mas importantes mensagens. O Projeto da Insignare e das suas Escolas decorre de uma Missão: “Educar e qualificar com exigência e inovação para um mercado de trabalho dinâmico, incutindo e valorizando atitudes pessoais e profissionais”. Esta preocupação que ao longo dos últimos 20 anos nos tem norteado, procura diariamente respostas, inovadoras se possível, ao nível do processo educativo e do relacionamento com as empresas. Este último é uma marca indiscutível do nosso trabalho. Decorrem neste momento as Provas de Aptidão Profissional dos alunos finalistas e muitos têm sido os técnicos e empresários que nos têm dispensado parte do seu precioso tempo. A partir de 2 de maio iniciam-se os Estágios, perseguindo o ambicioso objetivo de colocar nas empresas cerca de 500 alunos. Um momento importante de integração dos alunos no mercado de trabalho, um momento de confirmação da vitalidade do Projeto da Insignare. Para as empresas o nosso agradecimento por esta extraordinária colaboração, para os nossos alunos bom trabalho e boa sorte. Para os finalistas que agora vemos partir para um momento decisivo de construção do seu Projeto de Vida, um até breve e obrigado por tudo aquilo em que nos ajudaram a ser melhores. Os melhores!

Francisco Vieira
(Diretor Executivo da Insignare)

O ponto de vista do Aluno: Fátima

Fátima, a cidade religiosa mais visitada do país, é como todos sabem apreciada apenas pelas práticas católicas. O objectivo não é mudar esta imagem de marca mas sim acrescentar outras actividades que podem diversificar as diferentes áreas do turismo direccionadas para os diversos mercados-alvo.
Que tal criar a semana da moda ou organizar concertos ou festivais de música? Porque não criar um parque de campismo em Fátima, direccionado para os amantes da natureza, ou consolidar e divulgar os percursos pedestres da Serra d’Aire e Candeeiros? Estas são formas simples de combater a sazonalidade do turismo em Fátima, obrigando à intervenção dos vários intervenientes do turismo da região, entidades públicas e privadas.
Por outro lado, porque não juntar as várias culturas do mundo, e realizar diversos workshops como na área da gastronomia? Um bom exemplo deste tipo de evento foi o Festival de Gastronomia realizado pela Escola de Hotelaria de Fátima intitulado “Cozinhas do Mundo”. Este festival além da sua vertente pedagógica contribuiu também para a diversificação de produtos turísticos na cidade. Este tipo de eventos pode também abranger outras áreas como a dança, a cultura, a pintura/arquitectura, a música e muitas outras.
Sendo uma aluna da Escola de Hotelaria de Fátima, vejo o futuro da região com um enorme potencial não só no turismo religioso como também noutras práticas turísticas, o que possivelmente proporcionaria à cidade e aos seus residentes e visitantes uma diferente forma de ver o turismo, podendo desfrutá-lo todo o ano em todas as vertentes.

Patrícia Gomes (aluna do 3ºano do Curso Técnico de Recepção da EHF)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

“Sirva um bonito sorriso aos outros!”

Servir um bonito sorriso aos outros, foi o desafio lançado pela Higienista Oral Sílvia Baptista, aos alunos do 1.º ano da EHF, nos últimos dias de Março, mês da saúde oral.

A iniciativa da promoção do mês da saúde oral pela Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária centra-se na necessidade de aferir o estado da saúde oral em Portugal e de prevenir doenças. De facto, a saúde oral tem sido descurada pelos portugueses… apenas 31% de nós tem gengivas saudáveis! 1

Nas sessões sobre higiene oral, os alunos puderam tomar consciência da importância da saúde oral na imagem da pessoa, nomeadamente, na imagem profissional. Puderam ainda adquirir um conjunto de conhecimentos que, sendo postos em prática, contribuirão para a sua saúde oral mas não só, pois a saúde oral influencia a saúde geral. A título de exemplo: as cáries propiciam a entrada, na corrente sanguínea, de bactérias que são muito prejudiciais ao coração; o inchaço das gengivas, na mulher grávida, aumenta a produção da hormona prostagladina, propiciando o parto prematuro.

Na realidade, a higiene oral engloba muito mais do que a lavagem diária dos dentes (de manhã e à noite e, sempre que possível, a seguir às refeições) e mesmo a este nível houve informações novas para muitos dos presentes, por exemplo: a existência de escovas inter-dentais, que podem ser usadas em vez do fio dentário; o facto de saber que o sangramento das gengivas significa que têm resíduos e portanto devem ser escovadas com mais atenção, que é a única maneira de devolver a saúde à gengiva.

A saúde oral relaciona-se também com a respiração, designadamente, porque a respiração pela boca tem inconvenientes como diminuir a quantidade de saliva na boca, causando halitose (mau hálito), provocar o avanço dos dentes mais para a frente e ainda fissuras na língua.

Concluindo… são simples as acções necessárias a uma boa saúde oral e consequentemente à saúde geral.

Sofia Ferreira

Unidade de Educação para a Saúde

1 Dados obtidos em Março de 2010.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O que fazer pela minha região?


Procurar respostas para a questão que titula este texto, foi o objectivo de recente reunião organizada pela ADLEI – Associação para o Desenvolvimento de Leiria, que se realizou nas magníficas instalações do MIMO. Dividido em 4 blocos, os contributos analisaram a nossa realidade e procuraram respostas para o que se deve fazer, o que se está a fazer e o que se pode e vai fazer pela região. Investigadores, associações empresariais, entidade regional de turismo, ensino superior, associações autárquicas, deputados, jornalistas e associados da ADLEI, procuraram definir os principais constrangimentos e linhas de potencial desenvolvimento. Independentemente das conclusões que brevemente a ADLEI apresentará, aproveito este oportuno espaço para fazer a minha leitura sobre tudo aquilo que ouvi. Leitura pessoal, como não podia deixar de ser. O maior constrangimento daquilo a que designamos por “região de Leiria” é que ninguém sabe muito bem ao que nos estamos a referir. Poderá lutar-se pela afirmação de uma região que não consegue identificar o seu próprio território? Corresponderá ao distrito? Ao Pinhal Litoral? Ao território da agora designada Entidade Regional de Turismo? Inclui o concelho de Ourém? Tão grave como não saber qual a verdadeira área de abrangência deste território, é ele não ter um núcleo urbano que verdadeiramente o lidere. Que pelo seu peso populacional, económico e político, mas sobretudo pelas dinâmicas que provoca no espaço envolvente, assuma indiscutivelmente o estatuto de líder. Aqui a resposta parece óbvia. É de Leiria que estamos a falar. Mas e em boa verdade, que impactos conseguiu Leiria provocar no território que institucionalmente lidera (o distrito)? E será que algum dos municípios mais próximos, os da Região de Leiria (ou será que devemos dizer da Alta Estremadura), se revê nesta liderança de Leiria? Território totalmente pulverizado por todo o tipo de divisões e em permanente perda de protagonismo e de estruturas públicas de apoio resta-lhe a proposta de um atento participante. Coordenação, Parceria, Liderança. E quem deverá liderar? Uma agência de desenvolvimento, eventualmente decorrente de uma evolução, nesse sentido, da ADLEI. Concordo. Porque não a pluralidade desinteressada de uma associação cívica? Quem melhor (e mais barato) pode reunir a massa crítica existente nos vários domínios e através de um espaço sistemático de reflexão, promover uma fusão de interesses e objectivos que permitam caminhar num único sentido. Um sentido colectivo que resulte de opções globais e não do somatório das pequenas opções municipais. Um verdadeiro rumo que não se perca a copiar modelos existentes e se compare com a vizinhança, mas que assuma padrões internacionais de referência e permita pensar Leiria como uma Região de Excelência. E até aí e a partir daí pensar GRANDE. Acreditar que o Politécnico, pela sua qualidade, tem que ser uma Universidade. Que é urgente instalar na nossa Região o Novo Aeroporto do Centro. Que os municípios devem fundir a sua representatividade associativa regional numa única entidade e que devem intensificar a sua capacidade de cooperação. Que a Região precisa de um Centro de Congressos de nível e dimensão internacional. Que a requalificação da Linha do Oeste é fundamental. Que o problema da poluição suinícola é a maior chaga para a qualidade de vida e imagem da Região. Sobretudo estancar a constante perda de protagonismo institucional e de tudo aquilo que o Estado teima em levar para outros lados. Apostar na nossa maior riqueza, as Empresas, e com elas garantir desenvolvimento e emprego. É possível concretizar tudo isto, basta querermos!


Francisco Vieira

Director Executivo da INSIGNARE