quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Alunos do século XXI (2) – Metodologias

Na sequência do post anterior, pretendemos agora apresentar algumas ideias ao nível das metodologias atualmente preconizadas para a formação dos alunos do século XXI. Estas assentam num conjunto de princípios que incluem:
Aprendizagem autêntica – relacionada com problemas e questões do mundo real;
Motivação interna – identificando e empregando ligações emocionais na aprendizagem;
Aprendizagem multimodal – utilizando diferentes modos de comunicação;
Aprendizagem social – usando o poder da interação social para aumentar o impacto da aprendizagem.

A aprendizagem baseada em projetos integra os princípios enunciados e é defendida, por vários autores, como uma metodologia que corresponde às exigências atuais da educação. Na aprendizagem baseada em projetos pretende-se resolver um problema real de interesse para os alunos, relevante para a sua formação, que não tenha uma solução predeterminada e que constitua um desafio para eles. Mais do que fazer um projeto significa usar um método de ensino que implica ter um projeto.

Os requisitos essenciais para um trabalho de aprendizagem baseada em projetos são (1):
- Ter conteúdo significativo e questões reais;
- Organizar atividades em torno de um desafio ou questão orientadora, definida pelos alunos;
- Criar, nos alunos, a necessidade de saber e de fazer para dar resposta à questão orientadora;
- Envolver os alunos na investigação (os alunos fazem as questões, procuram as respostas e chegam a soluções);
- Ser inovador (os alunos criam novas ideias, novas interpretações ou novos produtos, únicos para responder à sua questão orientadora);
- Desenvolver competências do século XXI – pensamento crítico e criativo, colaboração e comunicação, competências estas que são ensinadas e avaliadas;
- Promover a participação ativa do aluno (com orientação dos professores) nas decisões que afetam o decurso do projeto, com possibilidade de fazer escolhas, fomentando a responsabilidade;
- Inclui feedback e reflexão sobre as aprendizagens;
- Concluir-se com uma apresentação pública (os alunos mostram os seus
 produtos ou apresentam soluções e explicam o seu trabalho, respondendo a questões relacionadas com o conteúdo e também com o processo).

Esta metodologia implica uma mudança de papéis, do aluno e do professor: o aluno torna-se um elemento central do processo e o professor um facilitador, um guia que vai guiando, apoiando, questionando.

Sofia Ferreira
Psicóloga

(1) De acordo com o difundido pelo Buck Institute for Education (www.bie.org) dedicado ao ensino e aprendizagem do século XXI. No seu site é possível encontrar informação sobre a aprendizagem baseada em projeto, vídeos e materiais (como grelhas e questionários orientadores) que podem ser usados por professores e alunos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Já pensou em ser um video-candidato?

"Quem disse que o You Tube era apenas diversão? Em tempos complicados no que se refere à entrada no mercado de trabalho, todas as armas são boas se significarem vantagem na chamada de atenção do empregador. E o vídeo é uma possibilidade que não se pode descartar. Primeiro que nada, há que ter em atenção a qualidade de imagem, bem como a apresentação do candidato. Se, normalmente, a primeira impressão pesa, imagine como será para o seu potencial empregador. A visualizar o vídeo, ele vai encará-lo como uma primeira fase da entrevista de emprego. Não fará sentido pensar em usar um vídeo tremido, feito com um telemóvel e com qualidade de som sofrível. Igualmente importante é a linguagem utilizada. Não tem de parecer um especialista, mas deve demonstrar domínio da área profissional para a qual se candidata, procurando ser claro e “agarrar” a atenção de quem o vai ver. A sua mensagem deve ser bem estruturada, não esquecendo uma pequena apresentação, a indicação dos seus objectivos pessoais, motivação para o lugar, conhecimentos e competências essenciais que detém. Mas nunca se “estique”. Três minutos parecem ser uma duração adequada. Ninguém está interessado numa longa-metragem. Junte sempre um pouco de criatividade. Alguém monocórdico e pouco à vontade, muito provavelmente terá dificuldade em cativar o empregador. Por fim tenha cuidado na edição. Ninguém está à espera de um vídeo de profissionais, mas tente eliminar erros, hesitações muito prolongadas e ruídos de fundo. Escolher um “cenário” calmo e pouco confuso pode ser um bom ponto de partida. Uma vez feito, coloque o vídeo no You Tube ou noutro site agregador de vídeos. E se enviar um email para se candidatar a um lugar, para além do currículo em papel, experimente a enviar o link do seu vídeo. A vantagem do vídeo No medidor do número de visitas pode sempre acompanhar o número de vezes que o seu currículo foi visionado. Assim terá uma ideia da receptividade que está a ter. Experimente. Quem sabe alguém lhe liga a dizer: “Acção”. Entrou no mercado de trabalho."
Fonte: Região de Leiria

http://www.youtube.com/watch?v=pTuA4iJI9WY&feature=related 


Sandra Monteiro 
Unidade de Inserção e Acompanhamento Profissional