Valência “terra de mar e de fogo, capital da festa, pérola do Mediterrâneo”, é uma cidade carregada de história, mas que sobretudo se apresenta com um olhar para o futuro cheio de optimismo a partir da sua Cidade das Artes e das Ciências, onde a arte, a cultura e o lazer andam a par e passo, para além da vasta oferta gastronómica.
As tapas valencianas, os bocadilhos, o “jambon” os frutos secos e as azeitonas geralmente acompanhadas de uma cerveja bem fresquinha ao final da tarde nas diversas esplanadas de cada Plaza ou em qualquer recanto da cidade combinam-se numa tela muito colorida e muito peculiar das tradições valencianas. Orgulhosos das sua paelhas, verdadeiro símbolo regional e nacional, não há restaurante que não as apresente nas suas ementas e até nas suas vitrines como elemento gastronómico emblemático e até decorativo.
Na escola de Hotelaria e Turismo de Valência estas são também preparadas e confeccionadas diariamente e ensinadas nas aulas práticas aos alunos pelos seus chefes de cozinha, uns que orgulhosamente as ensinam a fazer, os outros que orgulhosamente as aprendem a fazer. Fazer uma paelha é uma verdadeira arte, que necessita de uma técnica apurada e de diferentes confecções realizadas nos momentos certos. Como dizia o Chefe Paco, pessoa de simpatia grande e de informalidade imensa e que me recebeu com grande cariño “ segredo da paelha está na gestão tempo da confecção e o tempo não está no relógio, está na nossa cabeça”. É esse o verdadeiro segredo da confecção de uma Paelha.
É então neste contexto cultural, que seis alunos de hotelaria vivenciam uma experiência extraordinária e nova nas suas vidas. Proporcionada pela Escola ao abrigo do programa comunitário Leonardo da Vinci, a Rute Lopes, Ricardo Cordeiro (Hotel Palau de La Mar*****, a Marina Martins, Gonçalo Neves (Hotel Neptuno****), o Aléxis Sousa, Tiago Constantino (Hotel Meliã*****), encontram-se a prestar a sua formação em contexto de trabalho em diferentes unidades hoteleiras de 4 e 5 estrelas, de Valência, desde o centro da cidade até ao rebordo do mediterrâneo. As unidades de alta gama apresentam um conceito desde o mais clássico ao mais moderno.
Passadas duas semanas depois de adaptados à sua nova rotina, aos horários e sobretudo aos transportes, bem como à nova língua, valência conta com eles todos os dias a partir das 7 da manhã. Corajosos e dedicados, há quem se levante às 5H30 da manhã para se pôr a postos e rumo ao trabalho. Uns mais satisfeitos, outros menos, na verdade todos encaram a sua prestação com optimismo e a fazer o countdown para regressar ao seu país e à sua escola. Os testes, os trabalhos por fazer têm também sido tema de preocupação e de discussão.
As aprendizagens classificam-nas, os alunos de razoáveis. Os horários de transporte, a nova língua, bem como a sazonalidade acentuada desta região, e os horários das refeições (a partir das 14h00) têm sido limitadores à sua aprendizagem.
O seu training diário tem passado sobretudo pelo desenvolvimento de competências nas áreas da cozinha fria e pastelaria, bem como no serviço de pequenos-almoços. Hoje houve já quem tivesse começado a trabalhar na zona quente para grande satisfação dos alunos.
A expectativa dos alunos é que nos próximos dias lhes possam vir atribuir maiores responsabilidades e desafios mais exigentes na arte da culinária e do serviço ao cliente.
De uma coisa é certa, o serviço é em tudo igual ao da escola. Facto que os tem entusiasmado.
E é assim com este optimismo e este olhar de frente que os alunos perspectivam as próximas jornadas de trabalho.
Algumas fotografias das unidades hoteleiras e trabalhos realizados com a colaboração dos nossos alunos.
Este Zoom Valenciano, teletransportou-me para outras cidades castellanas, que saúdades! estas tão portuguesas, mas o importante a interculturalidade e a troca de experiências: que bom serem-nos proporcionadas estas visitas, confesso que também quero!? Parabéns pelo vosso empenho e disponibilidade. e já agora benvindos de volta a casa!
ResponderEliminarObrigada Cristina, Eu já estou de volta, mas confesso que já estava um pouco imbuída pela vida valenciana. Os meninos ficaram por mais uns dias, as temperaturas rondam os 17º e eu vim para o frio (que arrepio).
ResponderEliminarPara uma próxima oportunidade vai a Cristina e fico eu!.